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I Quando a insônia, qual lívido vampiro ... |
I Quando a insônia, qual lívido vampiro, Como o arcanjo da guarda do Sepulcro, Vela à noite por nós, E banha-se em suor o travesseiro, E além geme nas franças do pinheiro Da brisa a longa voz... Quando sangrenta a luz no alampadário Estala, cresce, expira, após ressurge, Como uma alma a penar; E canta aos guizos rubros da loucura A febre — a meretriz da sepultura — A rir e a soluçar... Quando tudo vacila e se evapora, Muda e se anima, vive e se transforma, Cambaleia e se esvai... E da sala na mágica penumbra... Um mundo em trevas rápido se obumbra... E outro das trevas sai... |
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