Bárbara ...



Bárbara

Erguendo o cálixe, que o Xerez perfuma,
Loura a trança alastrando-lhe os joelhos,
Dentes níveos em lábios tão vermelhos,
Como boiando em purpurina escuma;

Um dorso de Valquíria... alvo de bruma,
Pequenos pés sob infantis artelhos,
Olhos vivos, tão vivos, como espelhos,
Mas como eles também sem chama alguma;

Garganta de um palor alabastrino,
Que harmonias e músicas respira...
No lábio — um beijo... no beijar — um hino;

Harpa eólia a esperar que o vento a fira,
— Um pedaço de mármore divino...
E o retrato de Bárbara — a Hetaira.—