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CENÁRIO |
A alcova é fria e pequena Abrindo sobre um jardim. A tarde frouxa e serena Já desmaia para o fim. No centro um leito fechado Deixa o longo cortinado Sobre o tapete rolar... Há, nas jarras deslumbrantes, Camélias frias, brilhantes, Lembrando a neve polar. Livros esparsos por terra, Uma harpa caída além; E essa tristeza, que encerra O asilo, onde sofre alguém. Fitas, máscaras e flores Não sei que vagos odores Falam de amor e prazer. Além da frouxa penumbra Um vulto incerto ressumbra — O vulto de uma mulher. Vous, qui volez lá-bas, legères hirondelles Dites-moi, dites-moi, pourquoi vais je mourir. Alfred de Musset |
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