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Aquela confissão era a de um doente |
Aquela confissão era a de um doente. O pequeno Antino abriu a polpa carnuda do lábio num sorriso de flor que desabrocha. - Honório, que vicio é esse? Fale. Morremos de curiosidade. - O vicio que ninguém vê? Conta lá. - E o carro da semana santa. - O carro? regougou um dos cavalheiros, é boa é muito boa! - Quem sabe? fez Honório pensativo. Depois, num repente: Há três anos, quinta-feira de endoenças, resolvi sair à noite. Não deveria ter saído. Neste dia a cidade visita igrejas. Além das igrejas só a impressionam as confeitarias com os seus balcões de bombons e os botequins. Saí, entretanto, assim de preto, com um fraque idêntico. Estive numa confeitaria, hesitei alguns minutos, e afinal, como estivesse no largo da Carioca, comecei a subir para a igreja da Ordem 3ª. |
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