NÃO CABE O QUÊ? ...



Dona Francisca não podia compreender. Não cabe o quê?

- O que eu quero.

- Que é que você quer?

Cícero começou a contar nos dedos.

- Um-dois, feijão com arroz! Três-quatro...

- Responda!

- Ara, mamãe...

- Diga. Que é?

- Ara...

- Não faça assim. Diga!

Foi barata que entrou ali debaixo do armário?

- Eu quero... Ah! mamãe, eu não quero dizer...

- Se você não disser São Nicolau castiga você.

- Quando é que a gente vai na chácara de titio outra vez?

Dona Francisca apertou os braços do menino.

- Assim machuca, mamãe! Eu quero um automóvel igual ao de titio, pronto!

- Que é isso, Cícero? Um Ford? Pra quê? Você é muito pequeno ainda para ter um Ford.

- Mas eu quero, pronto!

Dona Francisca deixou o filho muito preocupada e foi confabular com o major. Mas o major (premiado com um estojo Gillette no concurso charadístico do Malho) achou logo a solução do problema.

- Tenho uma idéia genial.