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A INDIGNAÇÃO DE OROZIMBO COM OS SUSPENSÓRIOS... |
A indignação de Orozimbo com os suspensórios caídos subiu ao auge: - Porcaria de casa! Não tem um pingo de água nas torneiras! - Na cozinha tem. Encheu o balde. Levou no banheiro. - Por que não mandou a Aurora trazer? - Não tem importância. Pisando de mansinho entrou no quarto da Finoca. Ajeitou a colcha. Pôs a mão na testa da menina. Levantou a boneca do tapete. Sentou-a na cadeira. Endireitou o tapete com o pé. Apesar de tudo saiu feliz do quarto da Finoca. - Então? - Sem febre. - Não era sem tempo. O Zizinho já se levantou? Deu de varrer desesperadamente. Orozimbo olhava sentado com os cotovelos fincados nas pernas e as mãos aparando o rosto. Os chinelos de Cornélia eram de pano azul e tinham uma flor bordada na ponta. Vermelha com umas cousas amarelas em volta. Antes desses que chinelos ela usava mesmo? Não havia meio de se lembrar. De pano não eram: faziam nheque-nheque. De couro amarelo? Seriam? - Como eram aqueles chinelos que você tinha antes, hem, Cornélia? - Por que você quer saber? - Por nada. Uma idéia. Diga. - Não me lembro. |
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