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IV Assim falara o vulto errante e negro ... |
IV Assim falara o vulto errante e negro, Como a estátua sombria do revés. Uiva o tufão nas dobras de seu manto, Como um cão do senhor ulula aos pés... Inda um momento esteve solitário Da tempestade semelhante ao deus, Trocando frases com os trovões no espaço Raios com os astros nos sombrios céus... Depois sumiu-se dentre as brumas densas Da negra noite — de su’alma irmã... E longe... longe... no horizonte imenso Ressonava a cidade cortesã!... Vai!... Do sertão esperam-te as Termópilas A liberdade inda pulula ali... Lá não vão vermes perseguir as águias, Não vão escravos perseguir a ti! Vai!... Que o teu manto de mil balas roto É uma bandeira, que não tem rival. — Desse suor é que Deus faz os astros... Tens uma espada, que não foi punhal. Vai, tu que vestes do bandido as roupas, Mas não te cobres de uma vil libré Se te renega teu país ingrato O mundo, a glória tua pátria é!... .............................................................. |
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