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III Às vezes, quando o sol nas matas virgens A fogueira das tardes acendia ... |
III Às vezes, quando o sol nas matas virgens A fogueira das tardes acendia, E como a ave ferida ensangüentava Os píncaros da longa serrania, Um grupo destacava-se amoroso, Tendo por tela a opala do infinito, Dupla estátua do amor e mocidade Num pedestal de musgos e granito. E embaixo o vale a descantar saudoso Na cantiga das moças lavadeiras!... E o riacho a sonhar nas canas bravas, E o vento a s’embalar nas trepadeiras. Ó crepúsculos mortos! Voz dos ermos! Montes azuis! Sussurros da floresta! Quando mais vós tereis tantos afetos Vicejando convosco em vossa festa?... E o sol poente inda lançava um raio Do caçador na longa carabina... E sobre a fronte d’Ela por diadema Nascia ao longe a estrela vespertina. |
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