Art. 1o Fica instituído, sob a gestão do Ministério
da Educação, o Programa Universidade para Todos - PROUNI, destinado à
concessão de bolsas de estudo integrais e bolsas de estudo parciais de
50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento) para estudantes
de cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições
privadas de ensino superior, com ou sem fins lucrativos.
§ 1o A
bolsa de estudo integral será concedida a brasileiros não portadores de diploma de curso
superior, cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de até 1 (um)
salário-mínimo e 1/2 (meio).
§ 2o As
bolsas de estudo parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por
cento), cujos critérios de distribuição serão definidos em regulamento pelo
Ministério da Educação, serão concedidas a brasileiros não-portadores de diploma de
curso superior, cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de até 3
(três) salários-mínimos, mediante critérios definidos pelo Ministério da Educação.
§ 3o Para
os efeitos desta Lei, bolsa de estudo refere-se às semestralidades ou anuidades escolares
fixadas com base na Lei no 9.870, de
23 de novembro de 1999.
§ 4o Para
os efeitos desta Lei, as bolsas de estudo parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25%
(vinte e cinco por cento) deverão ser concedidas, considerando-se todos os descontos
regulares e de caráter coletivo oferecidos pela instituição, inclusive aqueles dados em
virtude do pagamento pontual das mensalidades.
Art. 2o A
bolsa será destinada:
I - a estudante que tenha
cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em instituições privadas
na condição de bolsista integral;
II - a estudante portador de
deficiência, nos termos da lei;
III - a professor da rede
pública de ensino, para os cursos de licenciatura, normal superior e pedagogia,
destinados à formação do magistério da educação básica, independentemente da renda
a que se referem os §§ 1o e 2o do art. 1o
desta Lei.
Parágrafo único. A
manutenção da bolsa pelo beneficiário, observado o prazo máximo para a conclusão do
curso de graduação ou seqüencial de formação específica, dependerá do cumprimento
de requisitos de desempenho acadêmico, estabelecidos em normas expedidas pelo Ministério
da Educação.
Art. 3o O
estudante a ser beneficiado pelo Prouni será pré-selecionado pelos resultados e pelo
perfil socioeconômico do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM ou outros critérios a
serem definidos pelo Ministério da Educação, e, na etapa final, selecionado pela
instituição de ensino superior, segundo seus próprios critérios, à qual competirá,
também, aferir as informações prestadas pelo candidato.
Parágrafo único. O
beneficiário do Prouni responde legalmente pela veracidade e autenticidade das
informações socioeconômicas por ele prestadas.
Art. 4o
Todos os alunos da instituição, inclusive os beneficiários do Prouni, estarão
igualmente regidos pelas mesmas normas e regulamentos internos da instituição.
Art. 5o A
instituição privada de ensino superior, com fins lucrativos ou sem fins lucrativos não
beneficente, poderá aderir ao Prouni mediante assinatura de termo de adesão,
cumprindo-lhe oferecer, no mínimo, 1 (uma) bolsa integral para o equivalente a 10,7 (dez
inteiros e sete décimos) estudantes regularmente pagantes e devidamente matriculados ao
final do correspondente período letivo anterior, conforme regulamento a ser estabelecido
pelo Ministério da Educação, excluído o número correspondente a bolsas integrais
concedidas pelo Prouni ou pela própria instituição, em cursos efetivamente nela
instalados.
§ 1o O
termo de adesão terá prazo de vigência de 10 (dez) anos, contado da data de sua
assinatura, renovável por iguais períodos e observado o disposto nesta Lei.
§ 2o O
termo de adesão poderá prever a permuta de bolsas entre cursos e turnos, restrita a 1/5
(um quinto) das bolsas oferecidas para cada curso e cada turno.
§ 3o A
denúncia do termo de adesão, por iniciativa da instituição privada, não implicará
ônus para o Poder Público nem prejuízo para o estudante beneficiado pelo Prouni, que
gozará do benefício concedido até a conclusão do curso, respeitadas as normas internas
da instituição, inclusive disciplinares, e observado o disposto no art. 4o
desta Lei.
§ 4o A
instituição privada de ensino superior com fins lucrativos ou sem fins lucrativos não
beneficente poderá, alternativamente, em substituição ao requisito previsto no caput
deste artigo, oferecer 1 (uma) bolsa integral para cada 22 (vinte e dois) estudantes
regularmente pagantes e devidamente matriculados em cursos efetivamente nela instalados,
conforme regulamento a ser estabelecido pelo Ministério da Educação, desde que
ofereça, adicionalmente, quantidade de bolsas parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou
de 25% (vinte e cinco por cento) na proporção necessária para que a soma dos
benefícios concedidos na forma desta Lei atinja o equivalente a 8,5% (oito inteiros e
cinco décimos por cento) da receita anual dos períodos letivos que já têm bolsistas do
Prouni, efetivamente recebida nos termos da Lei no
9.870, de 23 de novembro de 1999, em cursos de graduação ou seqüencial de
formação específica.
§ 5o Para
o ano de 2005, a instituição privada de ensino superior, com fins lucrativos ou sem fins
lucrativos não beneficente, poderá:
I - aderir ao Prouni
mediante assinatura de termo de adesão, cumprindo-lhe oferecer, no mínimo, 1 (uma) bolsa
integral para cada 9 (nove) estudantes regularmente pagantes e devidamente matriculados ao
final do correspondente período letivo anterior, conforme regulamento a ser estabelecido
pelo Ministério da Educação, excluído o número correspondente a bolsas integrais
concedidas pelo Prouni ou pela própria instituição, em cursos efetivamente nela
instalados;
II - alternativamente, em
substituição ao requisito previsto no inciso I deste parágrafo, oferecer 1 (uma) bolsa
integral para cada 19 (dezenove) estudantes regularmente pagantes e devidamente
matriculados em cursos efetivamente nela instalados, conforme regulamento a ser
estabelecido pelo Ministério da Educação, desde que ofereça, adicionalmente,
quantidade de bolsas parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por
cento) na proporção necessária para que a soma dos benefícios concedidos na forma
desta Lei atinja o equivalente a 10% (dez por cento) da receita anual dos períodos
letivos que já têm bolsistas do Prouni, efetivamente recebida nos termos da Lei no 9.870, de 23 de novembro de 1999,
em cursos de graduação ou seqüencial de formação específica.
§ 6o
Aplica-se o disposto no § 5o deste artigo às turmas iniciais de cada
curso e turno efetivamente instaladas a partir do 1o (primeiro) processo
seletivo posterior à publicação desta Lei, até atingir as proporções estabelecidas
para o conjunto dos estudantes de cursos de graduação e seqüencial de formação
específica da instituição, e o disposto no caput e no § 4o deste
artigo às turmas iniciais de cada curso e turno efetivamente instaladas a partir do
exercício de 2006, até atingir as proporções estabelecidas para o conjunto dos
estudantes de cursos de graduação e seqüencial de formação específica da
instituição.
Art. 6o
Assim que atingida a proporção estabelecida no § 6o do art. 5o
desta Lei, para o conjunto dos estudantes de cursos de graduação e seqüencial de
formação específica da instituição, sempre que a evasão dos estudantes beneficiados
apresentar discrepância em relação à evasão dos demais estudantes matriculados, a
instituição, a cada processo seletivo, oferecerá bolsas de estudo na proporção
necessária para estabelecer aquela proporção.
Art. 7o As
obrigações a serem cumpridas pela instituição de ensino superior serão previstas no
termo de adesão ao Prouni, no qual deverão constar as seguintes cláusulas necessárias:
I - proporção de bolsas de
estudo oferecidas por curso, turno e unidade, respeitados os parâmetros estabelecidos no
art. 5o desta Lei;
II - percentual de bolsas de
estudo destinado à implementação de políticas afirmativas de acesso ao ensino superior
de portadores de deficiência ou de autodeclarados indígenas e negros.
§ 1o O
percentual de que trata o inciso II do caput deste artigo deverá ser, no mínimo, igual
ao percentual de cidadãos autodeclarados indígenas, pardos ou pretos, na respectiva
unidade da Federação, segundo o último censo da Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE.
§ 2o No
caso de não-preenchimento das vagas segundo os critérios do § 1o
deste artigo, as vagas remanescentes deverão ser preenchidas por estudantes que se
enquadrem em um dos critérios dos arts. 1o e 2o desta
Lei.
§ 3o As
instituições de ensino superior que não gozam de autonomia ficam autorizadas a ampliar,
a partir da assinatura do termo de adesão, o número de vagas em seus cursos, no limite
da proporção de bolsas integrais oferecidas por curso e turno, na forma do regulamento.
§ 4o O Ministério da Educação desvinculará do Prouni o curso considerado insuficiente, sem prejuízo do estudante já matriculado, segundo critérios de desempenho do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, por duas avaliações consecutivas, situação em que as bolsas de estudo do curso desvinculado, nos processos seletivos seguintes, deverão ser redistribuídas proporcionalmente pelos demais cursos da instituição, respeitado o disposto no art. 5o desta Lei. (LEI 11.509 DE 2007)
§ 5o
Será facultada, tendo prioridade os bolsistas do Prouni, a estudantes dos cursos
referidos no § 4o deste artigo a transferência para curso idêntico ou
equivalente, oferecido por outra instituição participante do Programa.
Art. 8o A instituição que aderir ao Prouni ficará isenta
dos seguintes impostos e contribuições no período de vigência do termo
de adesão:
I - Imposto de Renda das
Pessoas Jurídicas;
II - Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido, instituída pela Lei no
7.689, de 15 de dezembro de 1988;
III - Contribuição
Social para Financiamento da Seguridade Social, instituída pela Lei Complementar no 70, de 30 de dezembro de
1991; e
IV - Contribuição
para o Programa de Integração Social, instituída pela Lei
Complementar no 7, de 7 de setembro de 1970.
§ 1o A
isenção de que trata o caput deste artigo recairá sobre o lucro nas hipóteses dos
incisos I e II do caput deste artigo, e sobre a receita auferida, nas hipóteses dos
incisos III e IV do caput deste artigo, decorrentes da realização de atividades de
ensino superior, proveniente de cursos de graduação ou cursos seqüenciais de formação
específica.
§ 2o A
Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda disciplinará o disposto neste
artigo no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 9o O
descumprimento das obrigações assumidas no termo de adesão sujeita a instituição às
seguintes penalidades:
I - restabelecimento do
número de bolsas a serem oferecidas gratuitamente, que será determinado, a cada processo
seletivo, sempre que a instituição descumprir o percentual estabelecido no art. 5o
desta Lei e que deverá ser suficiente para manter o percentual nele estabelecido, com
acréscimo de 1/5 (um quinto);
II - desvinculação do
Prouni, determinada em caso de reincidência, na hipótese de falta grave, conforme
dispuser o regulamento, sem prejuízo para os estudantes beneficiados e sem ônus para o
Poder Público.
§ 1o As
penas previstas no caput deste artigo serão aplicadas pelo Ministério da Educação, nos
termos do disposto em regulamento, após a instauração de procedimento administrativo,
assegurado o contraditório e direito de defesa.
§ 2o Na
hipótese do inciso II do caput deste artigo, a suspensão da isenção dos impostos e
contribuições de que trata o art. 8o desta Lei terá como termo
inicial a data de ocorrência da falta que deu causa à desvinculação do Prouni,
aplicando-se o disposto nos arts. 32 e 44 da Lei no 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, no que couber.
§ 3o As
penas previstas no caput deste artigo não poderão ser aplicadas quando o descumprimento
das obrigações assumidas se der em face de razões a que a instituição não deu causa.
Art. 10. A instituição de ensino superior, ainda que atue
no ensino básico ou em área distinta da educação, somente poderá ser
considerada entidade beneficente de assistência social se oferecer,
no mínimo, 1 (uma) bolsa de estudo integral para estudante de curso
de graduação ou seqüencial de formação específica, sem diploma de curso
superior, enquadrado no § 1o do art. 1o
desta Lei, para cada 9 (nove) estudantes pagantes de cursos de graduação
ou seqüencial de formação específica regulares da instituição, matriculados
em cursos efetivamente instalados, e atender às demais exigências legais.
(Regulamentado pelo DECRETO 5.493, DE 18 DE
JULHO DE 2005 )
§ 1o A
instituição de que trata o caput deste artigo deverá aplicar anualmente, em gratuidade,
pelo menos 20% (vinte por cento) da receita bruta proveniente da venda de serviços,
acrescida da receita decorrente de aplicações financeiras, de locação de bens, de
venda de bens não integrantes do ativo imobilizado e de doações particulares,
respeitadas, quando couber, as normas que disciplinam a atuação das entidades
beneficentes de assistência social na área da saúde.
§ 2o Para
o cumprimento do que dispõe o § 1o deste artigo, serão
contabilizadas, além das bolsas integrais de que trata o caput deste artigo, as bolsas
parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento) para estudante
enquadrado no § 2o do art. 1o desta Lei e a
assistência social em programas não decorrentes de obrigações curriculares de ensino e
pesquisa.
§ 3o
Aplica-se o disposto no caput deste artigo às turmas iniciais de cada curso e turno
efetivamente instalados a partir do 1o (primeiro) processo seletivo
posterior à publicação desta Lei.
§ 4o
Assim que atingida a proporção estabelecida no caput deste artigo para o conjunto dos
estudantes de cursos de graduação e seqüencial de formação específica da
instituição, sempre que a evasão dos estudantes beneficiados apresentar discrepância
em relação à evasão dos demais estudantes matriculados, a instituição, a cada
processo seletivo, oferecerá bolsas de estudo integrais na proporção necessária para
restabelecer aquela proporção.
§ 5o É
permitida a permuta de bolsas entre cursos e turnos, restrita a 1/5 (um quinto) das bolsas
oferecidas para cada curso e cada turno.
Art. 11. As entidades
beneficentes de assistência social que atuem no ensino superior poderão, mediante
assinatura de termo de adesão no Ministério da Educação, adotar as regras do Prouni,
contidas nesta Lei, para seleção dos estudantes beneficiados com bolsas integrais e
bolsas parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento), em
especial as regras previstas no art. 3o e no inciso II do caput e §§ 1o
e 2o do art. 7o desta Lei, comprometendo-se, pelo
prazo de vigência do termo de adesão, limitado a 10 (dez) anos, renovável por iguais
períodos, e respeitado o disposto no art. 10 desta Lei, ao atendimento das seguintes
condições:
I - oferecer 20% (vinte por
cento), em gratuidade, de sua receita anual efetivamente recebida nos termos da Lei no
9.870, de 23 de novembro de 1999, ficando dispensadas do cumprimento da exigência do § 1o
do art. 10 desta Lei, desde que sejam respeitadas, quando couber, as normas que
disciplinam a atuação das entidades beneficentes de assistência social na área da
saúde;
II - para cumprimento do
disposto no inciso I do caput deste artigo, a instituição:
a) deverá oferecer, no
mínimo, 1 (uma) bolsa de estudo integral a estudante de curso de graduação ou
seqüencial de formação específica, sem diploma de curso superior, enquadrado no § 1o
do art. 1o desta Lei, para cada 9 (nove) estudantes pagantes de curso de
graduação ou seqüencial de formação específica regulares da instituição,
matriculados em cursos efetivamente instalados, observado o disposto nos §§ 3o,
4o e 5o do art. 10 desta Lei;
b) poderá contabilizar os
valores gastos em bolsas integrais e parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25%
(vinte e cinco por cento), destinadas a estudantes enquadrados no § 2o
do art. 1o desta Lei, e o montante direcionado para a assistência
social em programas não decorrentes de obrigações curriculares de ensino e pesquisa;
III - gozar do benefício
previsto no § 3o do art. 7o desta Lei.
§ 1o
Compete ao Ministério da Educação verificar e informar aos demais órgãos interessados
a situação da entidade em relação ao cumprimento das exigências do Prouni, sem
prejuízo das competências da Secretaria da Receita Federal e do Ministério da
Previdência Social.
§ 2o As
entidades beneficentes de assistência social que tiveram seus pedidos de renovação de
Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social indeferidos, nos 2 (dois)
últimos triênios, unicamente por não atenderem ao percentual mínimo de gratuidade
exigido, que adotarem as regras do Prouni, nos termos desta Lei, poderão, até 60
(sessenta) dias após a data de publicação desta Lei, requerer ao Conselho Nacional de
Assistência Social - CNAS a concessão de novo Certificado de Entidade Beneficente de
Assistência Social e, posteriormente, requerer ao Ministério da Previdência Social a
isenção das contribuições de que trata o art.
55 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
§ 3o
O Ministério da Previdência Social decidirá sobre o pedido de isenção
da entidade que obtiver o Certificado na forma do caput deste artigo com
efeitos a partir da edição da Medida Provisória no 213,
de 10 de setembro de 2004, cabendo à entidade comprovar ao Ministério
da Previdência Social o efetivo cumprimento das obrigações assumidas,
até o último dia do mês de abril subseqüente a cada um dos 3 (três) próximos
exercícios fiscais.
§ 4o Na
hipótese de o CNAS não decidir sobre o pedido até o dia 31 de março de 2005, a
entidade poderá formular ao Ministério da Previdência Social o pedido de isenção,
independentemente do pronunciamento do CNAS, mediante apresentação de cópia do
requerimento encaminhando a este e do respectivo protocolo de recebimento.
§ 5o
Aplica-se, no que couber, ao pedido de isenção de que trata este artigo o disposto no art. 55 da Lei no 8.212, de 24
de julho de 1991.
Art. 12. Atendidas as
condições socioeconômicas estabelecidas nos §§ 1o e 2o
do art. 1o desta Lei, as instituições que aderirem ao Prouni ou
adotarem suas regras de seleção poderão considerar como bolsistas do programa os
trabalhadores da própria instituição e dependentes destes que forem bolsistas em
decorrência de convenção coletiva ou acordo trabalhista, até o limite de 10% (dez por
cento) das bolsas Prouni concedidas.
Art. 13. As pessoas
jurídicas de direito privado, mantenedoras de instituições de ensino superior,
sem fins lucrativos, que adotarem as regras de seleção de estudantes bolsistas
a que se refere o art. 11 desta Lei e que estejam no gozo da isenção da
contribuição para a seguridade social de que trata o
§ 7o do art. 195 da Constituição Federal, que optarem,
a partir da data de publicação desta Lei, por transformar sua natureza
jurídica em sociedade de fins econômicos, na forma facultada pelo art.
7o-A da Lei no 9.131, de 24 de novembro
de 1995, passarão a pagar a quota patronal para a previdência social
de forma gradual, durante o prazo de 5 (cinco) anos, na razão de 20% (vinte
por cento) do valor devido a cada ano, cumulativamente, até atingir o
valor integral das contribuições devidas.
Parágrafo único. A pessoa
jurídica de direito privado transformada em sociedade de fins econômicos passará a
pagar a contribuição previdenciária de que trata o caput deste artigo a partir do 1o
dia do mês de realização da assembléia geral que autorizar a transformação da sua
natureza jurídica, respeitada a gradação correspondente ao respectivo ano.
Art. 14. Terão prioridade
na distribuição dos recursos disponíveis no Fundo de Financiamento ao Estudante do
Ensino Superior - FIES as instituições de direito privado que aderirem ao Prouni na
forma do art. 5o desta Lei ou adotarem as regras de seleção de
estudantes bolsistas a que se refere o art. 11 desta Lei.
Art. 15. Para os
fins desta Lei, o disposto no art.
6o da Lei no 10.522, de 19 de julho
de 2002, será exigido a partir do ano de 2006 de todas as instituições
de ensino superior aderentes ao Prouni, inclusive na vigência da Medida
Provisória no 213, de 10 de setembro de 2004.
Art. 16. O processo de
deferimento do termo de adesão pelo Ministério da Educação, nos termos do art. 5o
desta Lei, será instruído com a estimativa da renúncia fiscal, no exercício de
deferimento e nos 2 (dois) subseqüentes, a ser usufruída pela respectiva instituição,
na forma do art. 9o desta Lei, bem como o demonstrativo da compensação
da referida renúncia, do crescimento da arrecadação de impostos e contribuições
federais no mesmo segmento econômico ou da prévia redução de despesas de caráter
continuado.
Parágrafo único. A
evolução da arrecadação e da renúncia fiscal das instituições privadas de ensino
superior será acompanhada por grupo interministerial, composto por 1 (um) representante
do Ministério da Educação, 1 (um) do Ministério da Fazenda e 1 (um) do Ministério da
Previdência Social, que fornecerá os subsídios necessários à execução do disposto
no caput deste artigo.
Art. 17. (VETADO).
Art. 18. O Poder Executivo
dará, anualmente, ampla publicidade dos resultados do Programa.
Art. 19. Os termos
de adesão firmados durante a vigência da Medida Provisória no
213, de 10 de setembro de 2004, ficam validados pelo prazo neles especificado,
observado o disposto no § 4o e no caput do art. 5o
desta Lei.
Art. 20. O Poder Executivo
regulamentará o disposto nesta Lei.
Art. 21. Os incisos I, II e
VII do caput do art. 3o da Lei no 10.891, de 9 de
julho de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 3o
.................................................................
I -
possuir idade mínima de 14 (quatorze) anos para a obtenção das Bolsas Atleta Nacional,
Atleta Internacional Olímpico e Paraolímpico, e possuir idade mínima de 12 (doze) anos
para a obtenção da Bolsa-Atleta Estudantil;
II - estar vinculado a alguma entidade de prática desportiva, exceto
os atletas que pleitearem a Bolsa-Atleta Estudantil;
................................................................................
VII
- estar regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou privada,
exclusivamente para os atletas que pleitearem a Bolsa-Atleta Estudantil." (NR)
Art. 22. O Anexo I da Lei no 10.891, de 9 de julho de
2004, passa a vigorar com a alteração constante do Anexo I desta Lei.
Art. 23. Esta Lei entra em
vigor na data de sua publicação.
Brasília, 13 de janeiro de 2005;
184o da Independência e 117o da República.